sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Dilema

Em apenas um segundo coisas horríveis se passaram na minha cabeça, e a cada atitude dele, eu me sentia afundar. Era o começo de algo que eu não queria vivenciar - não mais uma vez.
Agora tudo me parecia familiar, como um flashback desenrolando uma sensação desagradável na minha mente, e eu não queria sentir isso. Não com ele.
Custou-me muito me dar uma nova chance de viver algo novo, de me permitir. E foi bom! Na verdade fora maravilhoso, mas agora parecia a hora de me questionar se realmente valeria a pena.
Medo, esse sempre foi o meu maior inimigo. E a cada proximidade do estrago, ele vinha me visitar. Jamais consegui conviver com sua presença, principalmente quando tudo começa a desabar... É quando me encontro em tal dilema.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

os frutos sociais

eu queria realmente parar de agir como a sociedade quer que eu aja, de me importar com coisas fúteis, se ter os mesmos pensamentos idiotas e preconceituosos. eu queria me preocupar mais com o próximo, tentar entender os grandes problemas do mundo, tentar conhecer um pouco mais de mim e desse universo vasto, não apenas dos meus amigos e pessoas próximas. as pessoas decepcionam a gente, mas conhecimento não, e por isso eu queria me fazer sabedoria. eliminar esse pensamento pequeno: ' é negro, é pobre, é gay', ser mais universal, ser mais inteiro. difícil é ser isso tudo quando eu sou parte dessa sociedade e ela não sai de mim. a sociedade sou eu, com minhas mesmas fraquezas e preguiça de mudar meus maus hábitos.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

medo

sentia medo de se machucar, e por sentir medo de se machucar, sentia medo de se permitir e por sentir medo de se permitir, sentia medo de interagir sentia medo de interagir, com um certo medo de se interessar se interessar? ora, porque sentia medo de se envolver e no medo de se envolver, diretamente ligado ao medo de desejar querer, sentir, tocar, amar. e o medo de amar? ah, esse era maior e acabava desembocando no medo de se machucar, por mais que diretamente uma coisa não estivesse ligada a outra. mas o medo, o medo, o medo de viver fazia com que sua vida fosse pacata, regada de uma falta de emoção peculiar mas alí também se encontrava o medo. o medo de não vivenciar.

liberte-se

é difícil ser um ser humano e pensar como um. o corpo age como quer e a mente o recrimina, já cheguei a ouvir dizer que nós somos vítimas de nossas próprias cabeças. entrar em harmonia (corpo-mente) nos traz uma paz de espírito infinita, mas daqui que cheguemos até lá... desisti. em meio a nossa guerra diária com a sociedade, ainda zelamos pela moral e bons costumes, impregnados em nossos cérebros, regulando as nossas ações, sufocando os nossos devaneios e acabando com a nossa liberdade.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

a ausência de amor se fazia costume presente a busca pelo hedonismo. esse costume se tornou triste em sua face, era perceptível a busca por um outro 'eu' but it was so hard, so hard.

terça-feira, 1 de maio de 2012

sometimes

eu queria saber expressar com mais clareza essas angústias que tomam conta da minha mente e puder te dizer o quanto eu tento chamar a tua atenção pra me sentir mais influente na tua vida. eu queria saber como fazer pra ser o seu ponto de referência. aquela prioridade que você sempre checa antes de tocar a sua vida pra frente. ultimamente me sinto fazendo tanto e recebendo tão pouco... eu sei que em uma relação como essa, se torna impossível manter os parâmetros que teríamos para um relacionamento normal, corpo-a-corpo. mas também se torna inimaginável me contentar com migalhas. logo eu, que estou passando por uma fase tão ruim. esse não é um texto onde eu penso e escrevo, é como um desabafo do que estou vivendo. amo, mas também tenho que ser amada. tenho que sentir isso. não é apenas com palavras e sim com atitudes. seria exigir demais? é tão clichê, que é ridículo repetir o tempo todo. quantas vezes vou ter que ser deixada pra 'daqui a pouco' quando você sempre é a minha primeira opção? enquanto não consigo te dizer o que está acontecendo, o máximo que consigo é ser fria. eu sei que já está claro que tem algo de errado, mas eu quero que você mude e pra que isso aconteça, você tem que reconhecer... coisa que você nunca faz. então sento e espero. se não for dessa vez, só resta lamentar.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

nostalgia

Sabe aqueles dias em que você sente uma dor causada pelas lembranças? Era a música que você ouvia, era o que você costumava fazer, era quem você costumava amar. E tudo está tão no passado... É nesses dias que você se olha e tenta ver no que você se tornou, e porquê se tornou. Calcula a quantidade de absurdos que já viveu pra aprender, e será que realmente aprendeu a lição?

Dizem que 'as fases' são normais na vida do ser humano. Mas olhar pra trás e ver que eu não faço parte de mais nenhuma delas, que o tempo não volta, que não há escolhar, a não ser aproveitar o presente e caminhar pra minha própria morte.

Cada um de nós, humanos, carregamos um pouco de uma novela dentro de si, e pra mim todo o fim de novela é triste, doloroso, uma despedida. E qual se torna mesmo o sentido da vida?

Quer dizer então, que passamos por isso tudo, nos angustiamos, choramos, sorrimos... e... e...

Queria abraçar o meu passado, e quem sabe amar mais a minha história. Tentar recuperar quem eu achei que valeu a pena, dói tanto se afastar. Dói tanto criar uma rotina e quebrar ela assim, do nada.

Mas ainda mais, queria pensar menos, sentir menos.