sábado, 17 de dezembro de 2011

conselhos

conselho é sempre bom. mostra que uma pessoa que já vivenciou algo ruim, quer nos preservar da dor, pro nosso próprio bem.

por mais que haja dezenas de pessoas nos aconselhando, tentando trilhar nossos caminhos, abrimos janelas e portas únicas em busca de sentir na pele. mistura de experiências, desenvolver de fatos. chega a ser prazeroso encontrarmos os nossos próprios resultados, por mais que na prática, o caminho até chegar à aprendizegem não seja tão bom assim. o mundo está repleto de pessoas individualistas, que buscam exclusivamente sua satisfação, e pisoteam os demais. não que eles estejam errados, ou sejam ruins, estão apenas atingindo seus interesses. e é neste ambiente que estamos inseridos.

eu poderia ter ouvido todos os que me criticavam, os que tentavam me impedir. mas segui meu desejo, me encontrei com o irremediável, me envolvi com o impróprio, me encantei com uma caixa de ilusão, cai de cara em solidão, em vergonha e decepção. busquei e encontrei uma maneira de aprender na prática todas aquelas teorias que tanto ouvia.

a pressa de amadurecer nem sempre tem efeitos positivos. aos poucos, com erros e acertos, eu vou crescendo, ganhando meu espaço. a vida é uma só para se privar em meio aos cuidados. conhecer as pessoas, sejam elas individualistas ou não, também me ajudam a me conhecer, a compreender minha condição de existência. errar, além de ser humano, é como uma escola. nos faz compreender de perto nossa essência, nossa capacidade, os que nos cercam.

nunca se pode julgar alguém por um erro. todos eles são justificáveis, sempre. a vida é um laboratório. vamos testar, errar, quebrar a cara, e como sempre, rir de tudo no final. mas com consciência plena do que nos degradará, e o que nos acrescentará.

amado

não preciso escrever ou falar bonito quando trato dos meus sentimentos. esse seria o adjetivo mais que paradoxal para se referir a eles.

minha angústia, minha dor, se movimentam aos poucos dentro de mim.

mas como pode? já faz tanto tempo que guardei tudo isso. o que me faz te sentir até os dias de hoje, se está mais do que claro que nossas vidas tomaram rumos diferentes?

poderias ser até saudade, ou ausência de um novo amor. desespero. amor.

peço forças, meios de esquecer. seguir em frente. mas lembranças parecem ter como prioridade voltar a tona.

posso ter cansado de mar, mas lá no fundo ainda existe uma esperança. esperança de que tudo se normalize. e normal sou eu e você!

2011

mais um final de ano chegando, e com ele minha suposta sensibilidade...
realmente, analiso todos os fatos: minhas perdas, meus ganhos. é difícil, é nostálgico. quanta besteira eu fiz, quantas coisas deixei de fazer... mas quer saber? valeu a pena. todas as minhas loucuras vão ser, um dia, histórias engraçadas pra contar aos meus filhos e netos. todos os erros vão em servir de lição, para que um dia eu possa servir de exemplo, sentir na pele a dor de um ato incorreto.

ah, laiá. quanto eu vivi! como foi intenso... como foi bom.
as histórias mais longas, mais arrepiantes, mais inovadoras. sim, quero tudo de novo, assim, numa versão 2.0, ou melhor, 2.012.

amores? talvez não, mas paixões sim. das mais ardentes, das mais superficiais, das mais casuais. descompromissadas, coisas de filme, coisas de uma noite. romances que dariam livros, passados rapidamente em uma semana de angústias, bebidas, festas e desapego. romances loucos, que duram, ou não. ciúmes não fundamentados, que acabavam com minha vida social, e ainda o fazem. desejos saciados em meio a madrugada... pouca aventura.

esse ano sim, vai me deixar saudades...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

tarde demais

tal como uma quebra de raciocínio.
foi assim, minha vida se desfez, saiu da rotina, e entrou num outro ciclo.

talvez motivado por outros fatos, pela história que veio anteriormente. loucura, hedonismo, carpe diem... assim ele me conheceu. em meio a efeitos de algo que eu não sou, mas aparentei. difícil conquistar algo quando o reflexo que você transmite é o que você mesmo julga ser feio, distorcido.

uma história afetando outra. mesmo que houvesse vontade de parar, de ser eu mesma,uma dor antiga não deixava. um receio de uma repetição dessa dor implorava que não. como me fazer compreender?

a cabeça é estranha. toma conta de nossas atitudes, sem deixar explicações pra terceiros. ou até para nós mesmos. me controlou, e agora sinto não haver mais chances de alcançar algo que eu cheguei a querer (sim, eu quis. hoje sei.)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

angústia.

o grande problema em camuflar uma dor, é que mais cedo ou mais tarde toda a maquiagem vai cair.
não importa quanto tempo você conseguiu segurar suas lágrimas, fingir que você nunca esteve melhor... é sistemático. quanto mais você tenta esconder seu sofrimento, mais ele grita e se multiplica dentro de você.
sinta e vivencie a dor. não se transporte para um personagem de um filme que tem hora pra acabar.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

se você seguiu o caminho A, tudo bem.
se trilhou o caminho B e ele não te fez bem, legal.
agora entenda, eu também quero saber o caminho a escolher, porém as suas escolhas não serão obrigatoriamente as minhas. as histórias individuais não se repetem necessariamente. eu tenho ânsia de experimentar o caminho, tenho fome de empirismo.
eu só saberei o caminho a seguir quando eu mesma sentir que os demais me destroem.
agradeço, mas o meu conhecimento só se abrange quando, aos poucos, eu crio coragem de me abrir para o mundo.
não há como decorar fórmulas e conceitos do que é viver. para saber, tenho que fazê-lo.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

metalinguagem?

em momentos assim:
escrever faz bem.

não sou de me expressar tão bem quanto quando escrevo.
nessa ocasião, eu paro, penso, me deito, me deixo, me solto
me jogo na ideia - mas não sempre.

lava a alma. um banho sem igual!
e na vontade do grito, no desejo do desespero: escrevo.



conclusão de um experiência.

a palavra é: NOJO!
sinto nojo. assim como quando mato uma barata, quando detecto um rato, ou quando sou obrigada a tirar os restos de comida da pia.

pena que não me refiro a coisas - ou talvez, seria?

sim, as pessoas são perfeitas quando você não as conhece tão bem quanto deveria. enganam os olhos, com brilho dissimulado. encantam a alma... pra que tanta mentira? tanta ilusão? e se houvesse como saber das verdadeiras intenções das pessoas? AH, evitaríamos tanto sofrimento, tanta dor.

em qual das portas eu conseguiria encontrar meu equilíbrio... minha harmonia? em qual botão eu clico pra apagar a lembrança? e atenuar meu pessimismo?

é com grande tristeza que vos digo, há experiências que te marcam. e essas marcas podem ser irreparáveis!

(só um desabafo: mas por que foi mesmo que eu passei esse tempo todo aqui? sendo sua cabeça sempre a mesma, e suas atitudes degradáveis? como é que você me enxergou por todo esse tempo? se é que me enxergou...).

quero minha cabeça de volta, quero me respeitar novamente.
quero sua distância, seu esquecimento, mas antes: seu arrependimento.

quero que, literalmente, você caia fora. vá ver se eu estou na esquina, aproveite e fique por lá.
não é que eu esteja revoltada, sou apenas uma mulher de orgulho ferido - o que me torna bastante compreensível.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

PRESSÃO!

(aqui, não no sentido de um vocalista de 'só as cachorras e as preparadas')

refiro-me à pressão social.
ela se torna um fator de influência diária na minha vida
principalmente, em se tratando de uma prova, um teste.

chega a ser cômico o fato de uma nota definir sua vida, seus amigos,
o sorriso de seus familiares, o modo como as pessoas vão olhar pra você
e tudo o que você passa a ganhar ou perder daquela nota pra frente.

o pior de tudo é quando você já falhou uma vez.
há uma decepção consigo mesmo, uma vergonha, uma força de vontade misturada com cansaço, banhada de doses e mais doses de medo. será falta de capacidade, ou apenas é questão de baixo estima?

o desgaste de mais um ano nesse processo revela nossa fragilidade emocional. MAS NÃO! não nos deixaremos jogar dois anos em vão. por mais fracos que estejamos, AVANT!

insólito, surreal, absurdo.

seja lá qual denominação dar ao fato, algo é certo: isso já deveria de ter acabado.

o amor é algo estranho. os clichés são estranhos.
um conceito que de tão desgastado, já perdeu seu sentido. mas que a qualquer dia, aflora de surpresa em nossas mentes. e, só assim, percebemos que aqueles, com os quais aprendemos que "paixão é temporária e amor é algo que se torna perpétuo", tinham realmente a razão em suas repetidas palavras.

esdruxulamente, o amor é perpétuo. anexo-me a uma categoria de ditadora de clichés, pois acabo de vivenciar tal experiência. por mais duro e humilhante, admitir é apenas um primeiro passo. o primeiro passo de uma caminhada que só termina no esquecimento.

domingo, 8 de maio de 2011

tentativas frustrantes.

É difícil arranjar inspiração quando as coisas não estão em seu devido lugar.
Como poderia eu definir meus sentimentos, quando todas as minhas certezas escorriam gota a gota pelo ralo? Ralo este que levou embora minhas perspectivas de um futuro traçado ao longo dos anos. É como se sentir sem o chão, desnorteado, entre o certo e o errado, sem conseguir tomar nenhuma decisão. E quando achamos que passou, estamos mergulhados em um mundo que criamos pra amenizar a dor da desilusão. Mergulhados, e sem previsão pra voltar.

Na busca por uma nova alegria, tomando experiências que contradizem meus princípios, cá estou eu. Arrependida? Não saberia...

"Qualquer experiência é válida". Mas será mesmo que todas elas valeram a pena?