segunda-feira, 6 de julho de 2009

amanhecer.

poderia ter ficado, mas não, escolhi seguir.
e antes que o sol pudesse jogar os seus primeiros raios
peguei minhas coisas, parti


no caminho eram apenas as gotas da chuva
e o barulho do limpador de vidro
além do motor,
que nessa altura nem importava mais.


era apenas eu.
eu, estrada, o imenso céu nublado


o pensamento que me vinha a cabeça a todos os momentos,
assim como aquela nuvem negra, que estava me rodeando.
despejei tudo o que cabia dentro de mim.
todas as ideias, todas as formas de pensar.
tudo aquilo o que eu conseguia imaginar


problemas, problemas, problemas...
quantos seriam?
que importância teriam?


no caminho, com certeza pude ver alguém com mais problemas que eu
não apenas uma pessoa, mas várias.
miséria, descaso social, fome.

por trás das nuvens negras
os primeiros raios de sol começaram a aparecer
assim como o otimismo, o bem-estar
e a ideia de que o meu problema não é o maior
nem o pior

"com o tempo, poderei tratar dele.
para que perder a razão?"

pude, então, sentir toda a minha mente clarear,
tal como o céu azul anil,
em simplesmente alguns intantes.

e finalmente, a paz de espírito alcançada.


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